TJ-PE mantém prisão de Deolane Bezerra após nova audiência de custódia virtual

Influenciadora é mantida na Colônia Penal Feminina de Buíque após descumprimento de medidas cautelares

Por Da Redação com Folhapress 11/09/2024 - 14:37 hs
Foto: Sistema Carcerário de Pernambuco


O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) decidiu manter a prisão preventiva da advogada e influenciadora Deolane Bezerra após audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (11). A audiência, que foi conduzida de forma virtual a partir da Colônia Penal Feminina de Buíque, onde Deolane está detida desde a noite de terça-feira (10), analisou a legalidade do mandado de prisão e os aspectos formais do cumprimento.

 

 

A Colônia Penal Feminina de Buíque, localizada a 284 km de Recife, atualmente abriga 264 detentas, embora tenha capacidade para apenas 107, conforme informações do Sindicato dos Policiais Penais de Pernambuco.

 

Deolane Bezerra havia sido detida no Recife na tarde de terça-feira, quando recebia voz de prisão no Fórum Desembargador Rodolfo Aureliano, onde estava para formalizar o cumprimento de sua prisão domiciliar. A nova detenção ocorreu devido ao alegado descumprimento das medidas cautelares impostas para a concessão da prisão domiciliar, de acordo com a Polícia Civil.

 

 

A influenciadora, que havia deixado a Colônia Penal Feminina do Recife no dia 9 de setembro após ter a prisão domiciliar concedida com o uso de tornozeleira eletrônica, foi recebida por dezenas de fãs e apoiadores. Na saída, Deolane fez críticas à decisão judicial e à sua prisão, chamando-a de “criminosa” e acusando o delegado Paulo Gondim de abuso de autoridade. Ela também publicou uma foto no Instagram com a boca tampada.

 

Deolane Bezerra é investigada por suspeita de envolvimento com uma organização criminosa que atuaria em jogos ilegais e lavagem de dinheiro, com movimentações estimadas em quase R$ 3 bilhões. A investigação, iniciada em abril de 2023, visa desarticular a suposta quadrilha que usava empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio e seguros para a lavagem de dinheiro.

 

O TJ-PE informou que o processo segue em sigilo para proteger a privacidade dos demais investigados e que qualquer manifestação relacionada ao caso será feita exclusivamente nos autos e acessível apenas às partes envolvidas.